Um livro para ser lido e relido
diversas vezes. A sutileza nas inteligentes percepções do educador
norte-americano John Dewey (1859-1952) nos pega de surpresa em vários momentos
do texto, exigindo que se interrompa a leitura para que a reflexão pessoal
ganhe terreno. Em síntese, nenhum processo de aprendizagem pode ocorrer sem que
os estudantes se envolvam na construção de significado sobre o que está sendo
feito. Já em 1916, Dewey percebeu que as escolas haviam se tornado repositórios
frios e normativos para a transmissão de conteúdos, mas sem nunca se
perguntarem sobre o interesse dos discentes em torno do que se aprendia. A
partir da exposição de um panorama com várias "filosofias da educação",
Dewey reconhece a Filosofia como disciplina educadora por excelência, harmoniza
a polaridade entre educação para o lazer e para o trabalho, além de discutir as
teorias do conhecimento em circulação no seu tempo, iluminando brilhantemente
vários conceitos.
De verve pragmatista, o autor reafirma a importância de uma educação moral que possa transformar o aprendizado em um meio para a construção do caráter pessoal, de modo que permita a um profissional a condução das suas atividades mesmo diante de dificuldades não previstas inicialmente. Basicamente, o que John Dewey propõe é um ensaio de filosofia da educação que torne compatível a formação educacional com os valores de uma sociedade democrática e plural.
Os comentários do professor Marcus Vinícius da Cunha são, digamos, irregulares. Às vezes, esclarecem de maneira vívida o trecho demarcado; por outras, pecam pelo excesso de politização forçada. Infelizmente, o volume contém apenas seis capítulos integrais do texto original. Esperamos que nos próximos anos esse clássico da Educação seja relançado em terras brasileiras.
De verve pragmatista, o autor reafirma a importância de uma educação moral que possa transformar o aprendizado em um meio para a construção do caráter pessoal, de modo que permita a um profissional a condução das suas atividades mesmo diante de dificuldades não previstas inicialmente. Basicamente, o que John Dewey propõe é um ensaio de filosofia da educação que torne compatível a formação educacional com os valores de uma sociedade democrática e plural.
Os comentários do professor Marcus Vinícius da Cunha são, digamos, irregulares. Às vezes, esclarecem de maneira vívida o trecho demarcado; por outras, pecam pelo excesso de politização forçada. Infelizmente, o volume contém apenas seis capítulos integrais do texto original. Esperamos que nos próximos anos esse clássico da Educação seja relançado em terras brasileiras.
Resenha: DEWEY, John. Democracia e Educação. Capítulos Essenciais. São Paulo: Editora Ática, 2007. 136 p.
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